19/09/2008

Os revolucionários da Tasca I


Ora, a ementa de hoje será meia duzia de revolucionários da tasca, mal passados e com muito molho e duas "bejecas" bem fresquinhas.

Os revolucionários da tasca são uma espécie estranha de pessoas. Não se assuste. Não são nocivos e não mordem.

São aquele grupo de pessoas, que é quase certo que o senhor leitor se enquadre no perfil, que não votam mas, tem como passatempo falar mal dos políticos.

São um grupo de pessoas, cheias de ideias "bem formadas", que sabem muito bem como "a vida funciona".

E dizem eles, acompanhados de um café, um bagaço, um galão ou quiça um sumo de frutas light:
"Isso é tudo uma cambada!!",
"São todos uns ladrões!",
"Isso falam, falam, mas quando estão dentro do tacho fazem todos o mesmo."

Então meta lá as suas delicadas mãozinhas na sua consciência e diga lá se não se revê num destes dois papéis: ou você ja pronunciou algumas destas frases, ou então, já tentou num belo dum domingo à tarde comer o seu croissantzinho de chocolate ou a sua rica da sua bola de berlim e teve que levar como digestivo estas missivas?!

É verdade caros cibernautas.
Isto já aconteceu desdes os cafés mais chiques das cidades, às tascas (o sítio onde isto mais acontece), ao banco de jardim do parque do seu bairro.

Estas pessoas, estas que estão sempre a criticar e nem sequer sabem o que é o cartão eleitoral é que são os Revolucionários de Tasca.

Eles no fundo não são perigosos.

Têm muitas ideias (como quem diz, têm muita garganta), sabem exactamente o que fazer para combater a fome, a crise económica, a criminalidade, os bairros sociais e até, VEJAM SÓ, têm a solução para o problema de rebeldia do filho do zé das couves que agora anda a fumar umas coisas "estranhas".

Estes revolucionários são um tipo de McGaiver ou Chuck Norris sem armas e sem artes marciais mas, têm soluções para todos os problemas escondidas até no bico das unhas dos pés.

Estas pessoas reconhecem-se à distância:
- falam entusiasticamente acerca de política;
- sabem o nome de todos os ministros que estavam no governo quando os impostos aumentaram;
- não sabem o que é um cartão eleitoral;
- não fazem ideia da diferença entre um dever e um direito cívico.

Eles falam, falam muito. Falam pelos cotovelos, pelos joelhos, pelos pontos negros e pelas pontas espigadas.

Falam muito e não fazem nada.

Se é um ou se conhece algum revolucionário de tasca, por favor, não mude de blogue e acompanhe dentro em breve os próximos posts que podem ajudar estas espécimes da nossa sociedade.

Até breve

K

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